À primeira vista, não parece haver grande diferença entre sínodo e assembleia; contudo, diferenças existem: o propósito do sínodo é mais amplo, pois não tem por objetivo apenas ponderar sobre os trabalhos pastorais já realizados com vistas à elaboração de uma nova programação para o ano seguinte, mas um sínodo arquidiocesano tem sobretudo a intenção de avaliar e redirecionar toda a vida e ação pastoral de uma diocese.
Assembleia é uma reunião de pessoas que tem um interesse e um propósito comum. O sínodo é também uma reunião de pessoas, com o objetivo de discutir e aprofundar a caminhada pastoral de uma diocese. É convocado pelo bispo e tem um regulamento de trabalho. A convocação de uma assembleia depende de uma autoridade competente e vem acompanhada de um regulamento que indica se ela é deliberativa – com poder de decisão- ou consultiva, isto é, se tem por objetivo apenas apresentar ideias e opiniões sobre um assunto em questão.
Quando falamos de assembleia, estamos pensando naquelas reuniões pastorais que realizamos em nossas paróquias, nas Regiões Episcopais ou mesmo em nível de toda Arquidiocese. Essas assembleias, geralmente, acontecem próximas ao final do ano e têm caráter celebrativa, de revisão dos trabalhos realizados, apontando as falhas e acertos. São também um momento de elaborar a programação do ano seguinte. Podem ser também bem específicas, como são aquelas que a Arquidiocese está realizando nas paróquias, regiões episcopais e organismos arquidiocesanos em vista da realização do Sínodo: as “assembleias sinodais”, que são organizadas no processo do caminho sinodal que a Arquidiocese vive.
A Arquidiocese de Belém está se preparando para realizar o seu primeiro sínodo, que será um grande evento eclesial. Mais do que reajustar, existe uma proposta de mudança, para responder aos desafios do nosso tempo. Em resumo, se compararmos uma assembleia com uma lâmpada, que serve para iluminar um cômodo da casa, o sínodo pode ser comparado a um grande candelabro, com muitas lâmpadas que iluminam um grande salão.
Considerando que este artigo é publicado nos últimos dias que antecedem as eleições municipais em nosso País, colho a ocasião para lembrar a todos: Mais que de bons políticos o Brasil está precisando é de bons eleitores. Vote consciente. Não troque seu voto por migalhas. Não venda seu voto por cem (reais); você, depois, pode ficam sem … educação, sem transporte, sem voz nem vez. Voto não tem preço, tem consequências! Uma caneta na mão de um político corrupto mata mais do que um revólver na mão de um bandido! Se lhe falta educação, culpe seu governo; se lhe falta governo, culpe a si mesmo! Antes de acreditar em pesquisas, acredite no poder de mudança que tem o seu voto. Concordo com Eça de Queiroz: “Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente; e pela mesma razão”.
Foto de destaque: Cristiane Araújo
Padre Hélio Fronczak
Secretário do Sínodo da Arquidiocese de Belém
Vigário Episcopal da Região Nossa Senhora do Ó
Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo