“O retiro do clero é um momento de crescimento espiritual dos presbíteros e para reforçar a unidade com seu bispo”
Termina hoje a primeira etapa do Retiro Anual do Clero, que está ocorrendo na casa de retiros Monte Tabor, com a participação do Clero da Arquidiocese, bispos e o formador convidado para esta edição, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, Arcebispo Emérito Metropolitano de São Salvador da Bahia.
Devido a quantidade de sacerdotes o Retiro é sempre dividido em duas etapas, a primeira acontece desde o início desta segunda-feira, 07, encerrando hoje com uma reunião do Conselho Presbiteral. A segunda etapa acontecerá na próxima semana, de 14 a 18, na mesma casa de retiros e com mesmo formador. O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e o Bispo Auxiliar, Dom Antônio de Assis Ribeiro, também participam das duas etapas.
O retiro deste ano é “A tua face, Senhor, eu busco” (Sl 27/26,8). Além das palestras de formação, a programação conta com missas diárias, adoração eucarística, oração das horas, meditação, silêncio e oração pessoa, momento mariano, confissões e oração do terço.
O retiro anual, além de ser uma obrigação canônica (está previsto pelo Código de Direito Canônico, cânon 276 § 2 4º), é também uma oportunidade para um contínuo crescimento espiritual dos presbíteros e para reforçar a unidade com seu bispo. Esta é uma prática da Igreja Católica realizada pelo Papa, bispos, padres, religiosos e leigos ao longo do ano. Na Arquidiocese de Belém o retiro do clero sempre ocorre antes do período da Quaresma.
Para fazer um retiro é necessário que haja disposições interiores, tais como, silêncio, meditação, oração pessoal e entrega para uma revisão de vida, que no caso dos presbíteros diz respeito à renovação do compromisso ministerial assumido no dia da ordenação presbiteral. É uma experiência de renovação para que os ministros ordenados, sejamos semelhantes ao Bom Pastor que era acolhedor, tinha cuidado especial para com os pobres, os doentes e não excluía ninguém (cf. CNBB, Comunidade de comunidades, uma nova paróquia. Estudos da CNBB – 104, p. 24).
O momento também é uma graça da qual os sacerdotes são chamados a participar com ânimo generoso e coração aberto para acolher a renovação que o Espírito Santo traz à Igreja. Oportunidade de abertura para o período sinodal que a Arquidiocese de Belém vive, o Sínodo 2020, que norteará os próximos anos pastorais da Arquidiocese, instante este em que os sacerdotes são uns dos principais protagonistas da revisão de vida da Igreja local.
De todo fato, é sempre intenção do retiro promover a aceitação da urgente necessidade de conversão pastoral. Conversão significa mudança de atitudes. Ser um homem de Deus que fez e faz uma profunda experiência de encontro com Jesus Cristo (Estudos da CNBB – 104, n. 178), é o que a Igreja e os fiéis esperam do presbítero. Esta experiência de encontro com Jesus Cristo é a grande mística que sustenta o ministério ordenado.