Instituição da Festa da Divina Providência
O Papa João Paulo II, em maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja Católica, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domingo da Divina Misericórdia em todo mundo.
Origem da devoção
No dia 22 de fevereiro de 1931, na cela do convento em Plock, na Polônia, a irmã Faustina teve uma visão na qual o próprio Jesus se apresentou tal como a imagem deveria ser pintada. A imagem, pintada por Kazimirowski, foi exposta pela primeira vez para veneração pública em um ano Santo. Em Ostra Brama (Wilno), de 26 a 28 de abril de 1936, por ocasião do tríduo de encerramento do Ano Santo Jubilar de 1935, no qual era comemorado solenemente o Jubileu da Redenção do Mundo — os 1900 anos da Paixão do Salvador (cf. D. 416).
Mostrando o quanto a obra da Redenção está estreitamente unida como a obra da Misericórdia exigida por Jesus à Santa Faustina. A imagem representa Jesus Ressuscitado que traz aos homens a paz pela remissão dos pecados, pelo preço da Sua Paixão e Morte na Cruz. Os raios do Sangue e da Água que brotam do Coração, transpassado por uma lança, e as cicatrizes das Chagas da crucifixão relembram os acontecimentos da Sexta-Feira Santa (Jo 19, 17-18; 33-37).
O Significado
A misericórdia é uma magnífica manifestação do amor do Senhor; é “filha predileta do amor e irmã da sabedoria, nasce e vive entre o perdão e a ternura” (Ignacio Larañaga). Só o amor poderia criá-la, e nasce de bondade que liga Deus aos seres humanos, prescindindo da situação moral e social da humanidade, pois ela é gratuita na iniciativa do amor.
Assim entendemos como o salmista, doente e oprimido pelo pecado, recorrer com confiança à misericórdia de Deus: “Senhor, não me recuses tua misericórdia; tua fidelidade e tua graça me protejam sempre, pois me rodeiam males sem número, minhas culpas me oprimem e não posso mais ver”.