Na segunda-feira passada, 23/março/2020, Dom Alberto publicou uma “mensagem pastoral” na qual estabelece orientações práticas para toda a nossa Arquidiocese. Uma delas é: “Todas as Assembleias das Regiões e dos grupos, movimentos e setores de atividade pastoral relativas ao I Sínodo Arquidiocesano de Belém, assim como a realização de seu encerramento, terão seu programa revisto”.
A gravidade do momento que o Brasil e o mundo estão vivendo exigem estas medidas que, certamente, causam grandes mudanças no cronograma estabelecido para a realização do I Sínodo Arquidiocesano. Apesar destes transtornos, a preparação do sínodo arquidiocesano continua, pois o mesmo não está cancelado; apenas adiado. Como, então, continuar o processo sinodal?
Em primeiro lugar, vamos continuar a recitar regularmente em nossas comunidades a “Oração para o primeiro Sínodo Arquidiocesano” para que o processo sinodal possa trazer bons resultados para a nossa caminhada pastoral. Em segundo lugar, embora adiadas as assembleias das regiões episcopais, é importante que tenhamos cuidado em não perder os passos já feitos. Cada “comissão sinodal paroquial” precisa recolher as respostas dos questionários de escuta que foram preparados, guardá-los cuidadosamente para, depois, no momento oportuno, serem retomados.
Considerando as mudanças que nos foram impostas pela pandemia mundial causada pelo corona-vírus podemos nos perguntar: o que Deus está nos pedindo, aqui e agora, com esta circunstância? Enquanto buscamos respostas e reflexões mais aprofundadas reporto aqui uma parte da mensagem pastoral de Dom Alberto, citada no início desta coluna:
“Nos primórdios da Igreja o distintivo dos cristãos sempre foi o amor recíproco. De fato, dizia-se deles: “Vejam como se amam e estão prontos a dar a vida uns pelos outros”. A humanidade está vivendo um momento em que podemos pôr em prática, mais do que nunca, essa norma de vida. A dor nos irmana e nos torna mais humanos. E hoje, nós temos um sofrimento comum a todos: a pandemia do corona-vírus. Em todos os pontos do planeta estamos sob a mesma ameaça. A insegurança e o instinto de preservação podem nos tornar egoístas e individualistas. Porém, o que estamos vendo é a disseminação global da solidariedade, da ajuda e do apoio recíprocos, da disponibilidade em auxiliar os que mais precisam, do amor fraterno que se revela em todos os lugares. É assim que venceremos essa ameaça, unidos, apoiando concretamente quem se encontra em dificuldade”.
Padre Hélio Fronczak
Secretário do Sínodo da Arquidiocese de Belém
Vigário Episcopal da Região Nossa Senhora do Ó
Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo
“Nos primórdios da Igreja o distintivo dos cristãos sempre foi o amor recíproco. De fato, dizia-se deles: “Vejam como se amam e estão prontos a dar a vida uns pelos outros”. A humanidade está vivendo um momento em que podemos pôr em prática, mais do que nunca, essa norma de vida. A dor nos irmana e nos torna mais humanos. E hoje, nós temos um sofrimento comum a todos: a pandemia do corona-vírus. Em todos os pontos do planeta estamos sob a mesma ameaça. A insegurança e o instinto de preservação podem nos tornar egoístas e individualistas. Porém, o que estamos vendo é a disseminação global da solidariedade, da ajuda e do apoio recíprocos, da disponibilidade em auxiliar os que mais precisam, do amor fraterno que se revela em todos os lugares. É assim que venceremos essa ameaça, unidos, apoiando concretamente quem se encontra em dificuldade”.