Sexta-Feira Santa: Sermão Das Sete Palavras
13/04/2022

“Um dia de intensa reflexão, silêncio e orações”

O Sermão das Sete Palavras, ocorrerá tradicionalmente às 12h, da sexta-feira, na Capela Santo Antônio (Praça Dom Macedo Costa, Rua Frei Gil, esquina com Gaspar Viana). A edição 143° contará novamente com o Coral Santa Cecília e a participação dos fiéis, fato suspenso nas últimas duas edições devido a pandemia. O Sermão será transmitido ao vivo pelos meios de Comunicação da Arquidiocese de Belém (TV Nazaré, Rádio Nazaré e redes sociais).

Cada edição do sermão é um pregador diferente escolhido pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa e, para este ano, o convidado será o Padre Glaudemir Simplício de Lima, prefeito de estudos dos seminários arquidiocesanos e professor da Faculdade Católica de Belém.

O Sermão é a meditação das Sete últimas palavras proferidas por Jesus Cristo, quando suspenso no madeiro da Cruz, em suas “Três Horas da Agonia”. São elas: 1. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34); 2. “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43); 3. “Mulher, eis o teu filho. Eis a tua mãe” (Jo 19, 26-271); 4. “Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?” (Mc 15, 34); 5. “Tenho sede” (Jo 19, 28); 6. “Tudo está consumado” (Jo 19, 30); 7. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23, 46).

A cada palavra meditada é ilustrada com uma estrofe de “Le Sette Ultime Parole di Nostro Signore Sulla Croce”, de Giuseppe Saverio Raffaele Mercadante e os fiéis são convidados ao recolhimento e oração.

Pregadores dos últimos Anos

  • 2021 – Cônego Roberto Emilio Cavalli Júnior
  • 2020 – Cônego Vladian Silva Alves
  • 2019 – Padre Moisés do Socorro Lima de Matos
  • 2018 – Dom Antônio de Assis Ribeiro
  • 2017 – Padre Agostinho Filho de Sousa Cruz
  • 2016 – Padre Carlos Augusto Azevedo
  • 2015 – Dom Irineu Roman
  • 2014 – Cônego José Gonçalo Vieira
  • 2013 – Frei Eduardo Farias
  • 2012 – Dom Teodoro Mendes Tavares

Pregador do Sermão das Sete Palavras 2022 (Biografia)

Padre Glaudemir Simplício de Lima, piauiense, natural da cidade de Parnaíba; ordenado sacerdote no dia 12 de outubro de 2005; foi o primeiro para pároco da paróquia Jesus Bom Pastor em (2005-2008), foi pároco das paróquias Santa Paula Frassinetti (2008-2016) e Nossa Senhora Mãe da divina Providência (2017-2021), sendo atualmente prefeito de estudos dos seminários arquidiocesanos; é professor da Faculdade Católica de Belém e do Seminário de Filosofia Dom Vicente Zico em Castanhal; formado em Teologia pela Pontifical Athenaeum Regina Apostolorum, em Roma, especialista em Filosofia, concluinte do curso de psicanálise e bacharelado em História.

Histórico do Sermão das Sete Palavras

O primeiro Sermão realizado na Arquidiocese ocorreu em 10 de abril de 1879, organizado pelas Irmãs de Santa Dorotéia da Frassinetti (popularmente conhecidas como Irmãs Doroteias), no qual refletiram sobre as últimas palavras proferidas em Jesus na Cruz. As primeiras edições foram organizadas pelas próprias Religiosas da Congregação, que entoavam cantos em italiano, com letras alusivas a cada palavra meditada. Com melodias suaves e dolentes, os cantos convidam ao recolhimento e a oração.

Ao longo dos anos ocorreram mudanças, porém, desde o início os fiéis permanecem lotando a Capela do Colégio Santo Antônio, na Sexta-Feira Santa, para, em contrito silêncio, acompanhar de perto a Agonia de Jesus na Cruz.

Seu título “Sermão das Sete Palavras” ou “Sermão dos Três Horas da Agonia” relembram as sete palavras de Jesus na cruz, A Cerimônia do Sermão das Sete Palavras, que integra a tradição católica, está diretamente relacionada com espiritualidade da Congregação das Irmãs de Santa Dorotéia da Frassinetti.

Fundado pela Santa Paula Frassinetti, em Gênova – Itália, a congregação chegou em Belém em 1877, a convite do 10° Bispo do Pará, Dom Macedo Costa, trazendo a missão educacional e as devoções próprias de seu carisma, entre alas, a devoção às “Três Horas de Agonia” realizada pela primeira vez, no dia 10 de abril de 1879.

A devoção do Sermão agradou a piedade popular, atraindo nos anos seguintes um número cada vez maior de fiéis. Entusiasmadas, as irmãs logo procuraram melhorar a ambientação da Capela do Colégio Santo Antônio, cuidando da visualização do ícone central, acima do Altar-Mor. Desta feita, encomendaram da Itália expressivas e belas imagens para compor o Calvário: Nosso Senhor Crucificado, Nossa Senhora das Dores, São João e Santa Maria Madalena; as quais aqui chegaram em 05 de abril de 1881. Tais ícones até hoje encantam os que visitam a Capela do Colégio Santo Antônio, sobretudo, os fiéis que acompanham o “Sermão das Sete Palavras”.

Coral Santa Cecília

Já na primeira edição da cerimônia das ‘Três Horas da Agonia”, fez-se. entoar o Oratório intitulado “Le Sette Última Parole di Nostra Signore Sulks’Croce” compost° per Giuseppe Mercadante (1795-1870).

Inicialmente, as irmãs se juntaram às Órfãs residentes no orfanato, as senhoras que trabalhavam neste serviço, os integrantes da irmandade “Filhos de Maria” e outros cantores convidados.

Já nos anos de 1940 e 50 o coro era formado, na sua totalidade, pelas Filhas de Maria e Solistas convidados, nomes asses que tiveram grande influência no meio musical erudito no Estado do Pará.

A partir da década de 60, o Coral Santa Cecília, da Basílica de Nazaré, passou a ser responsável pela continuidade da tradição e devoção.

Hoje a Coral Santa Cecília é formada exclusivamente por membros da comunidade leiga católica de Belém com Regente: Eduardo Nascimento, Orgonista: Paulo José Campos de Melo, Solistas: Simone Serruya (soprano), Silvio Rodrigues (contratenor), Heitor Carneiro (tenor) e Diogo Maio (Barítono).

Mais informações
Assessoria de Comunicação Social da Arquidiocese de Belém
Alan Monteiro e Alaíse Ribeiro
98926-2453/ 3215-7001