O manto que adornará a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré durante as 12 romarias oficiais foi apresentado na quinta-feira que antecede o Círio. A Cerimônia aconteceu no dia 10 de outubro, às 18h, na Basílica Santuário. Assim como em 2018, a peça foi desenhada pela designer portuguesa Celeste Heitmann e confeccionado pela estilista paraense Kátia Novelino.
O manto que adornará a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Nazaré durante as 12 romarias oficiais foi apresentado na quinta-feira que antecede o Círio. A Cerimônia aconteceu no dia 10 de outubro, às 18h, na Basílica Santuário. Assim como em 2018, a peça foi desenhada pela designer portuguesa Celeste Heitmann e confeccionado pela estilista paraense Kátia Novelino.
Confira o descritivo do manto que adornará a Imagem Peregrina durante as Procissões do Círio 2019, escrito pelo Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa:
A feliz veneração em honra à Mãe de Deus na Igreja contemporânea, à luz das reflexões sobre o mistério de Cristo e sobre a sua própria natureza, não poderia esquecer aquela figura de Mulher (Cf. Gl 4,4), a Virgem Maria, que é Mãe de Cristo e com ele Mãe da Igreja. A Mãe, que estava junto à cruz (cf. Jo 19, 25), aceitou o testamento do amor do seu Filho e acolheu todos os homens, personificados no discípulo amado, como filhos a regenerar à vida divina, tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que Cristo gerou na cruz, dando o Espírito.
Por sua vez, no discípulo amado, Cristo elegeu todos os discípulos como herdeiros do seu amor para com a Mãe, confiando-a a eles para que estes a acolhessem com amor filial. Dedicada guia da Igreja nascente, Maria iniciou, portanto, a própria missão materna já no cenáculo, rezando com os Apóstolos na expectativa da vinda do Espírito Santo (Cf. At 1, 14). Ao longo dos séculos, por este modo de sentir, a piedade cristã honrou Maria com os títulos, de certo modo equivalentes, de Mãe dos discípulos, dos fiéis, de todos aqueles que renascem em Cristo e, também, “Mãe da Igreja”. São Paulo VI, no dia 21 de Novembro de 1964, por ocasião do encerramento da terça sessão do Concílio Vaticano II, declarou a bem-aventurada Virgem Maria “Mãe da Igreja, isto é, de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos pastores, e estabeleceu que “com este título seja a Mãe de Deus doravante honrada e invocada por todo o povo cristão”. Sua celebração ajudará a lembrar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério da Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos. (Cf. Decreto sobre a celebração da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja).
“O desejo é que esta celebração, agora para toda a Igreja, recorde a todos os discípulos de Cristo que, se queremos crescer e enchermo-nos do amor de Deus, é preciso enraizar a nossa vida sobre três realidades: na Cruz, na Hóstia e na Virgem. Estes são os três mistérios que Deus deu ao mundo para estruturar, fecundar, santificar a nossa vida interior e para nos conduzir a Jesus Cristo. São três mistérios a contemplar no silêncio” (Cardeal Sarah).
No manto de Nossa Senhora de Nazaré de 2019, a figura de Maria, Mãe da Igreja se expressa de modo simples e belo. Ele homenageia o Sínodo dos Bispos para a Pan-Amazônia e os trezentos anos de criação da Diocese de Belém, hoje Arquidiocese. A samaumeira, dado o seu significado de árvore da vida para os povos originários de nossa Região Amazônica, rainha das outras árvores, nos remete à vida que circula entre nós. Na flor, a delicadeza de Maria, na árvore, a fortaleza, virtude vivida por Maria aos pés da Cruz. O broche do manto de 2019 traz a homenagem aos trezentos anos da Diocese de Belém, com a Igreja Mãe, a Catedral, sobre um barco.
A todos os irmãos e irmãs deixo a minha bênção e o pedido de orações pela realização do Sínodo para a Pan-Amazônia.