ARCEBISPO COADJUTOR DE BELÉM

DOM JULIO ENDI AKAMINE, SAC

“NÃO VOS CANSEIS DE FAZER O BEM”

“NÃO VOS CANSEIS DE FAZER O BEM”

Nascimento: 30/11/1962
Ordenação Presbiteral: 24/01/1988
Nomeação Episcopal: 04/05/2011
Ordenação Episcopal: 09/07/2011
Nomeação Arcebispo: 28/12/2016

Dom Julio Endi Akamine, SAC, nasceu em 30 de novembro de 1962, em Garça/SP. Ingressou no Seminário da Sociedade do Apostolado Católico (Palotinos) em 1975 e foi ordenado sacerdote em 24 de janeiro de 1988. Possui Mestrado e Doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Ao longo de sua trajetória sacerdotal, desempenhou diversas funções, incluindo vigário paroquial, pároco, reitor do Seminário Maior Palotino em Curitiba e professor de teologia. Foi também Reitor Provincial da Província Palotina São Paulo Apóstolo (2008-2011).

Em 4 de maio de 2011, foi nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal da Região Lapa, sendo ordenado em 9 de julho do mesmo ano. Já em 28 de dezembro de 2016, foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Sorocaba pelo Papa Francisco, tornando-se o quinto Bispo e o terceiro Arcebispo da Arquidiocese. Atualmente, também atua como referencial da Pastoral da Educação. Seu lema episcopal é “Bonum Facientes Infatigabiles” – “Não vos canseis de fazer o Bem”.

Sua Formação e Trajetória Episcopal

Em 1975 entrou no Seminário da Sociedade do Apostolado Católico (SAC), os Palotinos, em Londrina/PR, onde completou os estudos no Seminário Menor São Vicente Pallotti. Fez o noviciado em 1979 no Seminário Rainha da Paz, em Cornélio Procópio/PR. Sua primeira consagração foi a 8 de dezembro de 1980, na mesma cidade.

Cursou Licenciatura em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica (PUC), de 1981 a 1983, e Teologia no “Studium Theologicum Claretianum”, de 1984 a 1987, na Arquidiocese de Curitiba/PR. Foi ordenado sacerdote em 24 de janeiro de 1988, na cidade de Cambé/PR. Obteve o Mestrado em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma (1993 a 1995) e Doutorado na mesma Universidade (2001 a 2005).

Como sacerdote Palotino desempenhou a função de vigário paroquial, pároco e reitor do Seminário Maior Palotino, em Curitiba. Também foi assessor da Organização dos Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil (OSIB) no regional Sul 2 da CNBB. Entre outras funções, atuou como diretor do Período Introdutório da Província Regina Apostolorum, na Itália (2003-2004).

Como sacerdote Palotino desempenhou a função de Vigário paroquial: Paróquia Santo Antônio, Cambé/PR (1988-1990);

Pároco: Paróquia Santo Antônio, Cambé/PR (1990-1993), na Arquidiocese de Londrina;

Reitor do Seminário Maior Palotino, Curitiba/PR (1996-2001);

Assessor da OSIB Regional Sul 2 (1996-1998);

Secretariado Geral da SAC para a Formação (1999-2005);

Consultor local da Comunidade da Casa Geral, Roma (2001-2003);

Diretor do Período Introdutório da Província Regina Apostolorum, Itália (2003-2004);

Secretário provincial para a formação (2005-2007);

Diretor espiritual do Seminário Maior Palotino, Curitiba/PR (2006-2007).

No período de 1996 a 2001 e de 2005 a 2011, foi professor de teologia no Studium Theologicum, em Curitiba/PR, onde lecionou as matérias de Teologia Sacramentária Geral, Sacramentos da Iniciação Cristã, Eclesiologia, Trindade, Introdução à Teologia e Teologia Fundamental.

Foi Reitor Provincial da Província Palotina São Paulo Apóstolo, com sede na capital paulista, de 2008 a 2011, quando foi nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, em 4 de maio daquele ano, sendo Vigário Episcopal da Região Lapa. Sua ordenação episcopal foi em 9 de julho de 2011 e seu lema é “Bonum Facientes Infatigabiles” – “Não vos canseis de fazer o Bem”.

Em 28 de dezembro de 2016, Dom Julio foi nomeado Arcebispo Metropolitano de Sorocaba, sendo o quinto bispo e o terceiro arcebispo, pelo Papa Francisco. De acordo com comunicado da Nunciatura Apostólica no Brasil, o pontífice acolheu o pedido de renúncia apresentado por Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues por motivo de idade, e o nomeou Arcebispo de Sorocaba/SP.

Arcebispo Coadjutor

Um Arcebispo Coadjutor é um bispo nomeado pelo Papa para auxiliar e, eventualmente, suceder automaticamente o arcebispo titular de uma arquidiocese. Ele tem direito de sucessão, ou seja, quando o arcebispo titular renúncia, se aposenta ou falece, o coadjutor assume imediatamente o governo da arquidiocese, sem necessidade de nova nomeação.

Contribuições Literárias e Espirituais

Além de seu serviço ativo na hierarquia da Igreja Católica, Dom Alberto Taveira Corrêa também se destacou como autor prolífico, publicando diversos trabalhos que refletem sua profunda espiritualidade e ensinamentos. Suas publicações têm impactado a vida de muitos, fortalecendo a fé e proporcionando orientações espirituais para o caminho da vida cristã. Em 2023, após cerca de dez anos de serviço, foi lançado a mais nova versão do Missal Romano, na qual Dom Alberto trabalhou, juntamente com uma comissão designada pela Assembleia dos Bispos do Brasil.

Brasão

Descrição Heráldica

Descrição Heráldica do Brasão de Dom Júlio

Os adornos externos ao escudo são: o capelo verde (chapéu prelatício) com dois cordões de cada lado do escudo e, na ponta de cada um dos cordões, seis borlas. Cada grau hierárquico é identificado por particularidades artísticas: no caso dos bispos, o chapéu, os cordões e as borlas são todos de cor verde; também a quantidade de borlas e suas posições são próprias dos bispos.

Elementos:

O Pinheiro sobreposto ao Círculo vermelho e o Fundo prata (branco)

É sabido que o Pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) cresce em meio à floresta densa, sobressai sobre a vegetação e estende seus galhos e sua sombra sobre outras árvores. Como o pinheiro não nega a sua sombra, seus frutos e a sua proteção às outras plantas e animais da mata, assim o ministério episcopal deve ser marcado pela dedicação e pelo desvelo do próximo.

O conjunto forma­do pelo Fundo branco (prata) e pelo Círculo vermelho faz alusão ao Japão, terra de origem dos avós de D. Julio. No Japão, eles tinham lido num panfleto: “No Brasil, há uma árvore com frutos de ouro. Basta estender a mão para colhê-los!”.

Aqui, eles não encontraram a riqueza prometida. Encontram, porém, outra árvo­re: a árvore da cruz e da vida.  

A lamparina acesa e a Bíblia aberta

São simbolos do estudo e do ensino: a lamparina é símbolo da ciência o de quem busca o saber; o a Bíblia aberta, na heráldica, significa erudição e ensino. Os símbolos indicam que há uma sagrada circularidade entre o que o Bispo é com os cristãos e o encargo que ele tem frente a eles. “Cada Bispo deve poder repetir como Santo Agostinho: ‘Se se considerar o lugar que ocupamos, somos mestres; mas, pensando no único Mestre, somos condiscípulos vossos na mes­ma escola’ ( … ). Aquilo que ouviu e recebeu do coração da Igreja, cada Bispo devolve-o aos seus irmãos, dê quem deve cuidar como o Bom Pastor” (Pastores Gregis, 28; 29).  

Cruz do Infinito em fundo azul

A cor azul significa a justiça e o zelo. A Cruz do Infinito, em vermelho (sangue de Cristo) e realçado pelo dourado (nobreza), é formada por dois símbolos matemá­ticos do infinito (Infinito em posição vertical). Esse símbolo foi muito usado por S. Vicente Pallotti em suas anotações espirituais para exprimir os dois polos de seu mundo espiritual: Deus Amor Infinito e o seu anelo insaciável de glorificar Deus. 

Esses dois polos estão separados ontologicamente e, ao mesmo tempo, unidos pela Misericórdia de Deus. O símbolo do infinito em posição vertical indica tanto o movimento descendente da graça de Deus e quanto o ascendente da glorificação dos cristãos.

Listel e Lema

O listel contém o lema episcopal: Bonum facientes infatigabiles (Não vos canseis de fazer o bem – GI 6,9). Para Deus, nenhuma iniciativa de bem, nenhum ato de bondade e de solidariedade é em vão. O Pai vê e reconhece o bem que realiza­mos por causa de Cristo e em seu nome. O bem que fazemos, mesmo que não seja reconhecido pelos outros, está destinado à glorificação da ressurreição. Crer na ressurreição da carne significa crer que não só daremos, no Pai, o nosso último respiro, mas que n’Ele encontraremos toda a nossa história glorificada e transfigurada na história de Cristo.