Este ano os fiéis serão acolhidos a partir das 8h30, pela Comunidade Maíra que preparou uma programação que contará com Via Sacra às 8h30, terço às 10h, momentos de oração até às 12h, confissão e aconselhamento realizado por padres da Arquidiocese das 9h às 12h.
Pontualmente às 12h começa a edição do 144° do Sermão das Sete Palavras, que tem como pregador o Padre João Paulo de Mendonça Dantas, Reitor da Reitoria (Igreja) Nossa Senhora das Mercês e professor da Faculdade católica de Belém. Haverá transmissão ao vivo pelos meios de Comunicação da Arquidiocese de Belém (TV Nazaré, Rádio Nazaré e redes sociais).
O Sermão é a meditação das Sete últimas palavras proferidas por Jesus Cristo, quando suspenso no madeiro da Cruz, em suas “Três Horas da Agonia”. São elas: 1. “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34); 2. “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23, 43); 3. “Mulher, eis o teu filho. Eis a tua mãe” (Jo 19, 26-271); 4. “Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?” (Mc 15, 34); 5. “Tenho sede” (Jo 19, 28); 6. “Tudo está consumado” (Jo 19, 30); 7. “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23, 46).
A cada palavra meditada é ilustrada com uma estrofe de “Le Sette Ultime Parole di Nostro Signore Sulla Croce”, de Giuseppe Saverio Raffaele Mercadante cantada pelo Coral Santa Cecília e os fiéis são convidados ao recolhimento e oração.
A escolha dos pregadores dos sermões da Semana Santa é feita pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. Os pregadores dos últimos anos foram: Padre Glaudemir Simplício de Lima (2022); Cônego Roberto Emilio Cavalli Júnior (2021); Cônego Vladian Silva Alves (2020); Padre Moisés do Socorro Lima de Matos (2019); Dom Antônio de Assis Ribeiro (2018); Padre Agostinho Filho de Sousa Cruz (2017); Padre Carlos Augusto Azevedo (2016); Dom Irineu Roman (2015); Cônego José Gonçalo Vieira (2014); Frei Eduardo Farias (2013).
Pregador do Sermão das Sete Palavras 2023 (Biografia)
Padre João Paulo de Mendonça Dantas Reitor da Reitoria (Igreja) Nossa Senhora das Mercês; Pós Doutor em Teologia pela Faculdade de Teologia de Lugano (Suíça); Professor de Teologia Dogmática desta Instituição de Ensino Superior e também da Faculdade Católica de Belém – Facbel.
Coordenador e Revisor Teológico do Livro de Peregrinação do Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Em 2020, foi pregador do Sermão da Descida do Glória, na Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. Em 2017 foi pregador do Sermão da Descida da Cruz, na Catedral de Belém.
Padre João Paulo é autor de várias obras de teologia, tais como: “Intellectus Fidei: Reflexões Teológica”, “Consagrados para a Missão: Teologia do Sacramento da Ordem” e “Deus Uno e Trino: uma introdução à Teologia
Foi assessor da Comissão Episcopal-Pastoral para Doutrina da Fé da CNBB, professor da Faculdade Católica de Fortaleza, coordenador do Curso de Teologia da Faculdade Católica de Belém e vigário paroquial da Catedral Metropolitana de Belém.
Histórico do Sermão das Sete Palavras
O primeiro Sermão realizado na Arquidiocese ocorreu em 10 de abril de 1879, organizado pelas Irmãs de Santa Dorotéia da Frassinetti (popularmente conhecidas como Irmãs Doroteias), no qual refletiram sobre as últimas palavras proferidas em Jesus na Cruz. As primeiras edições foram organizadas pelas próprias Religiosas da Congregação, que entoavam cantos em italiano, com letras alusivas a cada palavra meditada. Com melodias suaves e dolentes, os cantos convidam ao recolhimento e a oração.
Ao longo dos anos ocorreram mudanças, porém, desde o início os fiéis permanecem lotando a Capela do Colégio Santo Antônio, na Sexta-Feira Santa, para, em contrito silêncio, acompanhar de perto a Agonia de Jesus na Cruz.
Seu título “Sermão das Sete Palavras” ou “Sermão dos Três Horas da Agonia” relembram as sete palavras de Jesus na cruz, A Cerimônia do Sermão das Sete Palavras, que integra a tradição católica, está diretamente relacionada com espiritualidade da Congregação das Irmãs de Santa Dorotéia da Frassinetti.
Fundado pela Santa Paula Frassinetti, em Gênova – Itália, a congregação chegou em Belém em 1877, a convite do 10° Bispo do Pará, Dom Macedo Costa, trazendo a missão educacional e as devoções próprias de seu carisma, entre alas, a devoção às “Três Horas de Agonia” realizada pela primeira vez, no dia 10 de abril de 1879.
A devoção do Sermão agradou a piedade popular, atraindo nos anos seguintes um número cada vez maior de fiéis. Entusiasmadas, as irmãs logo procuraram melhorar a ambientação da Capela do Colégio Santo Antônio, cuidando da visualização do ícone central, acima do Altar-Mor. Desta feita, encomendaram da Itália expressivas e belas imagens para compor o Calvário: Nosso Senhor Crucificado, Nossa Senhora das Dores, São João e Santa Maria Madalena; as quais aqui chegaram em 05 de abril de 1881. Tais ícones até hoje encantam os que visitam a Capela do Colégio Santo Antônio, sobretudo, os fiéis que acompanham o “Sermão das Sete Palavras”.
Coral Santa Cecília
Já na primeira edição da cerimônia das ‘Três Horas da Agonia”, fez-se. entoar o Oratório intitulado “Le Sette Última Parole di Nostra Signore Sulks’Croce” compost° per Giuseppe Mercadante (1795-1870).
Inicialmente, as irmãs se juntaram às Órfãs residentes no orfanato, as senhoras que trabalhavam neste serviço, os integrantes da irmandade “Filhos de Maria” e outros cantores convidados.
Já nos anos de 1940 e 50 o coro era formado, na sua totalidade, pelas Filhas de Maria e Solistas convidados, nomes asses que tiveram grande influência no meio musical erudito no Estado do Pará, como as Profas. Helena Coelho Cardoso, Helena Souza, Judith Pepes, Nazaré e Edith Oliveira da Paz, Marina Monarcha, Nayde Bentes Valle, Alice Lima, Adelermo Matos, entre outros. A partir do início da década de 60 o Coral Santa Cecília, da Basílica de Nazaré passou a ser o responsável pela continuidade da tradição e devoção.
Ao longo destes anos, vários regentes foram responsáveis pela execução, tais como: Marina Monarcha, João Bosco da Silva Castro, Silvério Maia, Eliete Tavares,Tadeu Viana, Adolfo Santos, Maria Antonia Jimenes entre outros.
Desde 2001 é coordenado e regido pelo professor Eduardo Mário da Silva Nascimento o qual rege, também, a Schola Cantorum da Catedral de Belém desde 1998.Tem como Organista o instrumentista Paulo José Campos de Melo. Este tem como solistas, o soprano Symone Serruya, o tenor Heitor Carneiro, o contratenor Silvio Rodrigues e o barítono Dyogo Maia.
O Coro é formado por cantores voluntários de vários Corais de Belém que se reúnem anualmente para executar este Oratório. SOPRANOS: Rafaela Caetano, Jenice Assunção, Francinete Furtado, Madalena Novaes, Mayra Monteiro Lima, Maria Socorro Rodrigues de Lima, Lucilene Souza da Rocha, Mariluz Vidonho, Fátima Malcher, Ada de Maria. CONTRALTOS: Nazaré Kahwage, Elizabet Nascimento, Joana Lúcia Machado, Sonia Lima, Renata Lima, Marília Vasconcelos, Auxiliadora Nobre, Conceição Madeira, Leonice França, Egle Couto, BAIXOS: Hildemir Freitas, Domingos Sávio, João Guilherme Costa, Fábio Virgolino, Jorge Lopes, Emanuel Lima, Rafael Ventimiglia e Kauan do Nascimento. TENORES: Antonio Luiz Mendes, Elionei Almeida, Orlandino Bastos Neto, Weverton Carneiro e Yuri Cruz.
Foto; Luiz Estumano e arquivo pessoal